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Gestão de eventos, Tendências em eventos | 6 minutos de leitura

Como eventos e hubs de empreendedorismo fortalecem o ecossistema de startups?

Como eventos e hubs de empreendedorismo podem fazer a diferença em sua startup


Existe uma ideia pré-definida no mundo corporativo de que as empresas devem se digladiar em busca do cliente. Você não pode revelar seus segredos, contar suas experiências e compartilhar conhecimento. Se o fizer, alguém irá utilizá-los para destruir o seu negócio.

No mundo das startups, essa ideia ficou ultrapassada. Para se fortalecerem, os empreendedores enxergaram que é preciso construir um ecossistema forte, em que todos se ajudam.

Primeiro, o que é um ecossistema de startups?

Ecossistema é um termo que deriva das ciências biológicas. Por definição, é um conjunto de comunidades que vivem em um determinado local e interagem entre si e com o meio ambiente, constituindo um sistema estável, equilibrado e autossuficiente.

Quando a gente fala do mundo das startups, diversos agentes estão envolvidos nesse meio com pensamentos, vontades e objetivos diferentes. Entretanto, existe algo em comum: todos querem que as empresas ganhem tração, escalem e cresçam. São pessoas que saem da zona de conforto e buscam melhorias para o seu entorno. Os agentes são:

  • As próprias startups;
  • Incubadoras;
  • Aceleradoras;
  • Agências de comunicação;
  • Fundos de investimento;
  • Mídia especializada;
  • Universidades;
  • Cursos especializados;
  • Investidores-anjo.

O que faz um ecossistema de startups ser bom?

Para que isso funcione e todos se beneficiem, é necessário que o ambiente seja propício para tal. Faculdade não faz bons profissionais, mas, dá subsídios para que eles surjam. O melhor exemplo disso é como a Universidade Stanford foi importante para o impulsionamento do Vale do Silício. Em 1955, Frederic Terman se tornou reitor de Stanford e criou uma cultura empreendedora, onde alunos e professores eram estimulados a montarem suas empresas.

No Brasil, muitas instituições públicas são grandes centros de pesquisa e inovação. Não por acaso, muitos dos ecossistemas que deram certo por aqui também estão próximos de grandes instituições de ensino.

Entretanto, o mais importante são as pessoas. São elas que vão fazer com que o ecossistema se transforme em algo grande e composto por empresas de sucesso. Indivíduos dispostos a saírem da zona de conforto vão visualizar os problemas, procurar as soluções, desenvolver um serviço e impulsionar toda a comunidade.

Os empreendedores são os principais agentes nesse cenário – não a mídia especializada, aceleradoras, incubadoras ou fundos de investimentos. Por meio da troca de conhecimentos e iniciativas, eles farão uma cidade se transformar em um grande centro para empreender fomentando uma comunidade pensante e colaborativa.

Como esse ecossistema é fomentado no Brasil?

De acordo com dados da Associação Brasileira de Startups, a ABStartups, o ecossistema só aumenta no país. Em 2012, eram 2.519 startups no Brasil. Em 2016, esse número saltou para 4.273.

Abaixo, citamos 4 exemplos de comunidades colaborativas brasileiras que conseguiram e estão conseguindo criar ecossistemas fortes.

São Paulo

A cidade mais populosa do Brasil também é a com maior número de startups. De acordo com a ABStartups, são mais de 1.000 empresas instaladas em São Paulo.

Alguns fatores são relevantes para isso:

Campinas

Potencializado pela Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, a cidade é um polo de tecnologia. De acordo com pesquisa realizada pela revista britânica Focus, Campinas é responsável por 15% da produção tecnológica do Brasil.

Uma das grandes startups da cidade é a Movile, detentora do iFood e da Sympla. Ela é apontada como o primeiro unicórnio brasileiro – empresas que ultrapassam US$ 1 bilhão em valuation.

A Superlógica se localiza em Campinas e, consequentemente, o Superlógica Labs, espaço de empreendedorismo que fomenta o ecossistema, também. São organizadas 3 trilhas para atender setores diferentes:

  • O DevOps é voltado para compartilhamento de experiências e novas tecnologias na área do desenvolvimento e programação.
  • Super Growth é realizado com o intuito de educar profissionais com novas tendências na área do marketing e do growth hacking.
  • MeetUp de UX fala sobre as transformações que sistemas focados na experiência do usuário podem causar.

Além dele, a Superlógica também organiza o Superlógica Xperience, o maior evento de SaaS e Assinaturas do Brasil, que mostra como crescer com a economia da recorrência e abarca vários temas como gestão, precificação, marketing e vendas.

A cidade também tem outros espaços para receber eventos corporativos, como a Weme. O Hub recebe recebe palestras e workshops voltados para marketing e desenvolvimento.

Belo Horizonte

Se São Paulo é a cidade com maior número de startups do Brasil, Belo Horizonte vem logo em seguida. Na capital de Minas Gerais existem 356 empresas do segmento.

Algumas chamam bastante a atenção como a Rock Content, com desenvolvimento de conteúdo para meios digitais, Meliuz, que devolve cupons de desconto de lojas online e devolve ao consumidor, em dinheiro, parte do valor gasto em compras direto na conta bancária, Hotmart,  plataforma gratuita e completa para hospedar e vender cursos online e a Tracksale, ferramenta completa de Net Promoter Score e indicadores da Experiência do Cliente.

Neste ano, aconteceram dois grandes eventos de empreendedorismo na cidade: o Fire, organizado pela Hotmart, e o ID360, organizado pela BuscarID.

Florianópolis

Lar da Resultados Digitais, um dos grandes destaques do ecossistemas de startup brasileiras, Florianópolis é uma das grandes comunidades brasileiras. Além da RD, a Meetime, Conpass e a mobLee são exemplos de empresas que estão chamando a atenção no mercado.

Um dos grandes chamarizes é o RD Summit, um dos maiores eventos de empreendedorismo do Brasil. O evento organizado pela Resultados Digitais teve, segundo os organizadores, mais de 8 mil participantes em 2017.

Como eventos fortalecem um ecossistema de startups?

Todo empreendedor deveria participar de eventos. Por quê? Eles são espaços para compartilhamento de ideias, novos negócios e parcerias que podem ser duradouras. Nestes lugares, você encontra inovações e pessoas que estão transformando o mundo em que vivemos e não apenas o mercado. É o momento de aproveitar e ter alguns insights para aplicar no seu negócio.

Os eventos oferecem palestras com conteúdo rico de quem está empreendendo há um bom tempo e está disposto a compartilhar todo esse aprendizado. São pessoas que passaram pelo mesmo que você pode estar passando naquele momento te ensinando o caminho das pedras.

E enquanto estiver neste importante networking, tudo bem ser tímido, muitos empreendedores de sucesso são. Referências no mercado como Warren Buffet, Larry Page (Co-Fundador do Google), Marissa Meyer (CEO do Yahoo) e Elon Musk (Tesla) já declararam ter problemas em se conectar com pessoas. Mas, eles acabam se forçando a se conectar com os outros por saberem a importância disso.

É o que acredita também Richard Branson, fundador do Virgin Group. “Se cerque de mentores que tenham experiências ricas e saibam dar bons conselhos. No fim, as decisões são suas, mas ter a possibilidade de procurar ajuda de pessoas que já estiveram lá e fizeram, é de um valor inestimável”, afirmou.

Com todos melhorando, você melhora também

Se num ecossistema de startups alguma empresa cresce, é bem provável que todas ao seu redor se beneficiem junto. Startups tendem a contratar de outras startups e, com uma uma evoluindo, o serviço prestado melhora também.

Ao mesmo tempo, aquele ecossistema tende a ficar mais atrativo para investidores. Afinal, se em algum lugar surge um case de sucesso, é bem provável que outras empresas possam surgir dali.

E, por fim, aumenta o número de pessoas capacitadas dispostas a compartilhar o conhecimento adquirido e ajudam a nortear o futuro. Todo mundo acaba se ajudando! Assim, o sistema fica mais equilibrado, estável e autossuficiente.


Sobre a Superlógica

ERP recorrente líder do mercado brasileiro. Um sistema de gestão financeiro completo para empresas e instituições que cobram assinaturas e mensalidades, como aluguéis, condomínios, softwares, clubes, revistas, academias, escolas e faculdades.

*Por Heitor Facini, da Superlógica


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