imagem de pilares representando os pilares do scrum
Cases de Sucesso de eventos | 5 minutos de leitura

Os pilares do Scrum na mobLee

Conhece o método de Scrum? Saiba como a mobLee o aplica em diversos processos e etapas!


Para quem não conhece, o Scrum é “um processo de gerenciamento e controle que reduz a complexidade para se concentrar na construção de produtos que atendam às necessidades da empresa“. Ele foi criado inicialmente para a construção de novos produtos e se tornou mais famoso na área de desenvolvimento de software. Hoje ele já é amplamente utilizado com foco na entrega de valor, seja na área de software, no sucesso do cliente, no marketing, entre outras.

Muito do que se fala sobre o Scrum tem como foco os papéis e as cerimônias desse processo. Vejo empresas trocando figurinhas e perguntando, “Tem algum PO na equipe?”, “O scrum master coda?”, “Como vocês fazem as retrospectivas?”, “Vocês fazem dailies todos os dias?” e coisas do gênero. Porém, sempre que faço o onboarding das pessoas novas na mobLee gosto de lembrar daquilo que o Scrum é.

O Scrum é

O Scrum é um framework, ou seja, um modelo a ser seguido, mas que pode (e deve) ser customizado conforme as necessidades. O Scrum é composto por:

  • Pilares (transparência, inspeção e adaptação)
  • Valores (comprometimento, coragem, foco, abertura e respeito)
  • Papéis (scrum master, product owner e time)
  • Cerimônias (sprint, sprint planning, daily, sprint review e sprint retrospective)

O Scrum também é definido por três características, como descrito na documentação dos autores desse processo (Scrum Guides), ele é:

  • Leve
  • Fácil de entender
  • Difícil de dominar

Por não ser um processo burocrático, que não engessa o ‘como’ as coisas devem ser feitas ele pode ser considerado leve. Ele é fácil de entender, pois além de ser leve, ele utiliza conceitos simples em um nível de abstração bem alto. Só que o último ponto é o mais intrigante, como que algo leve e fácil de entender pode ser difícil de dominar?

Difícil de dominar

O mesmo documento que diz que o Scrum é leve, fácil de entender e difícil de dominar não explica os motivos por trás dessas características. Enquanto os dois primeiros são fáceis de deduzir, o terceiro, passa despercebido. Anos depois de já trabalhar com Scrum na mobLee, ao reler a documentação sobre ele enquanto construía uma apresentação sobre o tema, passei por esse ponto e parei para refletir.

Do meu ponto de vista, o Scrum realmente é difícil de dominar, pois ele implica numa mudança de mindset e cultura. Mais do que os papéis e as práticas, são os pilares e valores do Scrum que trazem essa mudança na forma de pensar. Os pilares são a base de tudo e podem inclusive trazer um grande crescimento pessoal se for aplicado no dia-a-dia. Os três pilares do Scrum são a transparência, inspeção e adaptação, os quais detalho melhor a seguir.

Transparência

A transparência no Scrum é sobre ter visibilidade do que está acontecendo, é a analogia das cartas na mesa e a possibilidade de enxergar o jogo por completo. Todos aqueles que são responsáveis por algum tipo de entrega devem poder visualizar o processo do qual fazem parte. Só dessa forma, transparente, é possível aplicar os outros dois pilares do Scrum.

imagem de um jogo de poker mostrando transparencia

Na mobLee, fazemos isso todos os dias e em todos os níveis, sejam nas reuniões de All Hands (momento com todas as pessoas da empresa onde os KPIs são acompanhados semanalmente), nas reuniões individuais (one on one) que acontecem com frequência definida, e nas próprias cerimônias do Scrum (que comentei acima).

Inspeção

Dado que as cartas estão na mesa, a inspeção é a arte de pensar. Pensar no sentido de aplicar uma visão crítica sobre o que está acontecendo, abrir os olhos e a cabeça para entender que o mundo é muito maior que suas tarefas diárias e entender o impacto das ações da cada um.

Esse é um ponto muito importante que tento trazer de forma bem latente para os novos entrantes da mobLee, sejam da área de produto ou não. Passo a ideia que todas as pessoas que são contratadas aqui estão ali para desempenhar um trabalho produtivo. Ninguém está na mobLee para apertar parafusos como o Charlie Chaplin em Tempos Modernos.

Adaptação

E o último pilar é o da adaptação, onde uma vez que é possível enxergar o todo, e uma visão crítica foi aplicada o próximo passo é agir. É nesse momento que é preciso entender que sempre é possível fazer melhor. Eu, pessoalmente, não sou fã do discurso “estou fazendo o meu melhor”, pois acredito que sempre temos margem para melhorar.

imagem do homem de ferro em frente às suas roupas de super heroi

Outro ponto que estamos sempre atentos é em relação às reclamações e problemas, pois nós construímos uma empresa para solucionar problemas, e saber se adaptar é saber passar por cima disso e fazer diferente. Práticas como os one-on-one, reviews, retrospectivas sempre devem vir com ações a serem executadas para melhorar a entrega ainda mais, seja em qualidade, velocidade e/ou custo.

Mudando a forma de pensar

Após apresentar os pilares do Scrum na apresentação de onboarding, costumo falar que a apresentação poderia terminar ali, pois acredito que aplicando esses pilares de forma consistente é possível dar vida à um bom processo em qualquer área que seja. Sempre reforço que internalizando esses pilares nós podemos trazer grandes contribuições para o dia-a-dia na mobLee. Pessoas com visão crítica e com coragem para tentar novas coisas estão sempre gerando uma versão melhor de si.

Além dos pilares, os valores do Scrum também adicionam uma ordem de dificuldade no aperfeiçoamento desse framework. Trabalhar em uma equipe com comprometimento, coragem, foco, abertura e respeito potencializam ainda mais a aplicação desses pilares, mas isso é papo para uma próxima postagem.

Sugestão de leitura

Pra fechar a postagem, deixo uma recomendação de leitura sobre o Scrum. O livro é de 2014 e é do Jeff Sutherland, um dos dois co-criadores do Scrum. O título é ‘Scrum: a arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo‘. Considero uma leitura obrigatória para quem está tentando fazer essa mudança de mindset na jornada de aprender esse framework. O livro não é técnico e tem um foco muito maior nos motivadores por trás do Scrum do que das cerimônias e papéis do processo.


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