Crachá para evento, muitas vezes são negligenciados, mesmo sendo ferramentas muito importantes em muitos contextos.
Mas você sabe pra que eles servem?
Bem, para organizadores, seu principal uso é controle de fluxo de pessoas, já para os participantes é um facilitador de networking.
Porém, isso não acaba por aí. A forma como se faz o crachá pode ser usada como uma plataforma de marketing para o organizador e os patrocinadores de um evento ou, às vezes, podem ser uma forma de manter a agenda e a programação do evento perto de todo mundo à toda hora, por exemplo.
Ter um crachá não basta, o evento precisa de um bom crachá, e é bom que você e/ou sua equipe dedique um tempo considerável para fazer um. Não são raros os exemplos de informações mal organizadas em crachás e cartões e os problemas que isso pode causar.
O crachá tem o objetivo de informar, não confundir.
Um grande exemplo de algo que deveria ser feito para informar, mas acaba confundindo é o cartão (abaixo) de apresentação da final do concurso de Miss Universo 2015. Dá só uma olhada:
Mas, calma! Nós vamos te a
6 passos para fazer o melhor crachá para evento
1. Definindo o conteúdo
O primeiro passo, antes de colocar as mãos na massa e começar a desenhar o seus crachás para eventos ou terceirizar esse trabalho é:
- Sentar;
- Planejar com calma;
- Construir um bom planejamento;
- Definir quais os objetivos do crachá para o seu evento.
Lembre-se que o mínimo que o crachá deve fazer é identificar a pessoa que está o usando.
Isso deve ser também o que ele faz de melhor, porém com cuidado e bom planejamento, ele pode ser uma plataforma importante de exposição de outras informações.
Mas além desse objetivo básico, você pode pensar quais são seus outros objetivos com os crachás para eventos:
- É possível diferenciar e segmentar o seu público?
- Diferenciar facilmente quem é parte da organização e quem é participante?
- Utilizar os crachás como espaço para brincadeiras/jogos interativos para eventos?
- Deixar a sua marca e/ou a marca do seu evento exposta para os seus stakeholders chave?
- Apresentar o mapa do evento?
- Usar como uma plataforma de coleta de contatos para seus expositores?
- Entre outros.
O crachá personalizado pode servir como um meio para te ajudar nisso ou muito mais, porém é necessário ter cuidado.
Quando você tenta abraçar o mundo com seus braços, nada será feito direito. A ideia é escolher alguns pontos chave, focar neles e trabalhar para fazer eles funcionarem bem.
A imagem do site acima traduz bem a ideia de quando tudo é para ser importante, nada fica importante de verdade, você se perde no meio do excesso de informações na comunicação.
2. As formas de um crachá
O crachá para evento mais comuns que encontramos são normalmente feitos de:
- Papel;
- Presos com um barbante;
- Em formato de retângulo;
- No tamanho A6 (105mm x 148mm).
Essas dimensões são ideais para a maioria dos eventos, pois não fica grande nem pequeno demais e é uma escolha segura.
Porém aqui existe espaço para inovação, tanto em material quanto em tamanho e formato.
Tudo vai depender muito do seu orçamento e do que você quer comunicar. Se você tem espaço nas suas finanças e deseja a imagem de um evento único, diferente, moderno, porque não fazer o crachá com um formato personalizado?
Lembre-se, o foco deve ser sempre comunicar a sua mensagem de forma clara, porém quando bem feito, um formato diferente pode causar uma boa impressão e ajudar o evento a causar o efeito “wow” nos participantes.
Como aquele Efeito Disneylândia que já comentamos em outros artigos nossos.
Esses são os crachás personalizados do evento F8, a conferência para programadores do Facebook nos Estados Unidos.
Apesar do crachá ainda ser um retângulo, ele foi usado de uma forma diferente, que chama a atenção, mas que ainda destaca as informações principais que os organizadores queriam comunicar (o nome do participante com foco no primeiro nome, a empresa que esse participante trabalha e um selo colorido, segmentando o público).
3. Tipos de fontes e a sua importância
A tipografia, sem sombra de dúvidas, é o ponto mais importante a ser levado em consideração dentro do projeto de um crachá para evento.
Ela consiste, nada mais, nada menos que as letras e seus formatos. Você precisa escolher uma fonte facilmente legível e, saber escolher bem os tamanhos e usos de negrito ou outras formas de destaque para saber dar maior importância para as informações certas.
A recomendação aqui é fugir de fontes muito complexas ou com muito detalhes, deixando o crachá o mais diferente possível de um cartão de casamento e seus ornamentos.
Caso o seu evento não tenha uma tipografia já apontada em um guia de identidade visual e você não sabe por onde começar, use fontes clássicas de sistema, como:
Elas vão fazer o feijão com o arroz e comunicar a sua mensagem corretamente.
4. A hierarquia da informação em um crachá de evento
Tão importante como escolher a fonte certa, é montar uma hierarquia que faça sentido, sabendo apresentar com níveis de importância adequados as informações apresentadas no crachá.
Dividir a informação em níveis – onde o que for mais importante será maior – possivelmente em negrito ou caixa alta (todas letras maiúsculas), e o que for menos importante será menor é um exemplo de como a informação pode ser diferenciada através da tipografia.
Esse é um exemplo de crachá para evento da Brand New Conference de 2013, feito pela UnderConsideration. Foi deixado claro a importância de cada item através do tamanho do texto e do uso ou não do negrito.
5. A importância das cores
As cores do crachá devem servir de facilitador, em especial para organizadores encontrarem participantes e vice-versa. Fazer esses crachás personalizados com cores diferentes pode ajudar muito, especialmente em eventos maiores.
Algo que deve ser levado em consideração quando organizadores não têm uniformes fáceis de serem encontrados, é garantir que o crachá chame atenção o suficiente para um participante que precise de alguma ajuda ache facilmente um organizador.
Além disso, no caso do evento ter o público segmentado de alguma forma, diferenciá-los por cor no crachá ou com algum selo/adesivo para auxiliar essa separação é uma ideia a ser levada em consideração.
Um exemplo de uso de cor são os crachás para evento da Appnexus em 2010.
Os crachás dos diferentes tipos de participantes foram diferenciados em:
- Participante;
- Palestrante;
- Imprensa;
- Organização.
Além disso, o uso de branco no nome e preto no sobrenome, facilitou a visualização por causa do contrate em relação ao fundo, dando mais destaque para o primeiro, sem modificar o tamanho da fonte.
6. O crachá para evento como uma plataforma de marketing
Além de informar quem são as pessoas que estão utilizando o crachá, onde elas trabalham e qual o papel delas no evento, ele não deixa de ser uma plataforma de marketing para sua empresa ou evento.
Pela duração do evento, seja ele de algumas horas ou alguns dias, todos os participantes estarão andando com a marca do seu evento presa a eles por onde elas forem, ajudando na pregnância da marca.
Um espaço muitas vezes negligenciado é a parte de trás do crachá que, dependendo do tamanho e formato, pode ser usado como plataforma de marketing para seus patrocinadores, sua empresa e até mesmo seus produtos.
Por fim, no caso de eventos fechados, com inscrição e com códigos de barras ou QR codes para identificar os participantes, abrir a utilização de um leitor de contatos para seus patrocinadores e também o time de vendas da sua própria empresa vai acabar gerando renda para quem utilizar e, abrirá espaço para novas negociações e networking entre você, seus patrocinadores e seu público.
Quero receber um orçamento agora
Conclusão
Às vezes não olhado com muito carinho, um crachá bem planejado pode ser uma ferramenta muito importante para a comunicação do seu evento, uma plataforma de networking para seus participantes e uma fonte de renda para seus patrocinadores.
Gastar algum tempo a mais para fazer crachá para evento se tornar interessante e funcional pode ser, além de uma ferramenta de marketing e comunicação, um dos vários diferenciais entre o bom e o ótimo evento.
Designer, desenvolvedor front-end e Corinthiano, membro do time de marketing da mobLee, responsável pelos sites institucionais e estratégias digitais.