Participantes utilizando a rampa de acessibilidade em eventos
Colunistas mobLee | 5 minutos de leitura

Acessibilidade em eventos: muito mais do que colocar rampa nas escadas

Pensar em acessibilidade em eventos é ir muito além do básico! Veja aqui números e ações que você pode fazer para atender todos os públicos.


Antes de começarmos a falar sobre acessibilidade em eventos, gostaria que você pensasse nos últimos eventos que participou e o quão acessíveis e confortáveis eles foram. Como você se sentiu?

  • Acessibilidade também trata de conforto e satisfação, não só de como você chega ou se movimenta.

É isso que define se o ambiente é confortável e como você consegue absorver essa experiência, de forma que este evento seja inesquecível.

Quando pensamos em acessibilidade, logo pensamos em rampas, marcações no chão para que deficientes visuais possam se locomover e assim perceberem também a experiência proposta pelo evento, ou em alguém no telão usando a comunicação em libras para que deficientes auditivos possam participar do conteúdo.

Exemplos de acessibilidade em eventos que precisamos observar

Na maioria das vezes, nem questionamos a possibilidade de ter um espaço para crianças em grandes eventos. Talvez porque nem pensamos nas várias mulheres empreendedoras que são mães e dependem de babá, avós e irmãos para ficarem com seus filhos, sem falar das que estão em fase de lactação.

Estas mulheres possivelmente deixam de participar de vários eventos, pois não são acessíveis aos seus filhos.

Pensar nos filhos das empreendedoras também é tornar seu evento acessível a todas as mulheres, não só as sem filhos. Do mesmo jeito que um profissional com uma limitação não pode deixar sua limitação em casa, para participar de um evento, uma mãe não pode deixar seu filho em casa para participar de um evento profissional. Forte isso, não?

Mas é justamente essa impressão que muitos eventos sem espaço para crianças, trazem para muitas empreendedoras com filhos: que seus filhos as limitam!

Mas aí, você vai me dizer: Poxa, Ana! Já pensou no valor final do evento?

Sim! Por isso minha proposta não é mudar o mundo dos eventos em 24h, mas em fazer pequenas mudanças que fazem toda a diferença. Isso para uma grande empresa de eventos a um pequeno organizador.

Veja abaixo alguns dados interessantes e estudos que podem abrir sua mente a pensar nessa fatia de clientes bem interessante.

Dados sobre a importância da acessibilidade em eventos

“Do total da população brasileira, 23,9% (45,6 milhões de pessoas) declararam ter algum tipo de deficiência. Entre as deficiências declaradas, a mais comum foi a visual, atingindo 3,5% da população. Em seguida, ficaram problemas motores (2,3%), intelectuais (1,4%) e auditivos (1,1%)”, segundo dados da Fundação Dorina Nowill.

Colocar rampas, linguagem em libras e marcações no chão, são apenas um ponto de acessibilidade em eventos. Mas ter empatia com esses profissionais e fazer com que eles se sintam parte do universo dos eventos faz com que essa experiência seja marcante, não só para os profissionais com limitações, mas para os participantes como um todo também.

Esse é o grande objetivo, não é?

“As mulheres respondem por 48% dos empreendimentos iniciais e, na média, são mais escolarizadas. Porém, empresas lideradas por mulheres tendem a faturar menos e ser menos intensivas em inovação”, segundo fonte da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2018).

Essas fatias dentro do mercado nos mostram que muitos desses profissionais poderiam participar de eventos, mas muitas vezes não participam por não serem acessíveis. Essa falta de acessibilidade não é só por nossa falta de conhecimento, mas também por falta de interesse em inseri-los.

Se cada evento for feito inserindo um grau de acessibilidade para uma fatia desses profissionais que desejam participar, em pouco tempo nossos evento vão se tornar mais acessíveis. Até chegar ao ponto que não precisaremos discutir o valor da acessibilidade em eventos.

A importância do olhar para o público feminino ao pensar em acessibilidade

As mulheres têm uma parcela muito significativa dentro do empreendedorismo e dentro dessa fatia existem as que são mães e se desdobram entre a casa, o trabalho e os filhos. E um fato é que, em grandes eventos de diversos temas não há espaço, para as que têm filhos.

Por isso, pensar em eventos que trazem essa flexibilidade para mães que têm filhos é algo bem interessante e não precisa se pensar em grandes ações, mas sim em parcerias certas para que seu evento possa atingir essa fatia do bolo muito interessada e com vontade de investir em conteúdo.

Veja o exemplo desse evento: @socialmomday é um evento para mães empreendedoras em Campinas, que acontece anualmente onde elas podem levar seus filhos, já que lá existe espaço de recreação.

Então, elas podem participar das várias oficinas, palestras e cursos durante o evento. E outras iniciativas foram se juntando a esse evento, como pequenos encontros e outras atividades paralelas.

A acessibilidade em eventos, não pode estar focada somente a uma parcela da nossa população, ela tem que ser vista como um projeto, de forma que seja uma característica dos objetivos a serem alcançados em qualquer evento.

Proporcionar mais acessibilidade é o mesmo que investir na diversidade

Sei que eventos totalmente acessíveis acabam saindo com um custo muito elevado, mas não estou chamando a atenção para isso, mas para pequenas iniciativas. Se você abrir uma possibilidade dele ser acessível a uma fatia desse mercado, já será um avanço.

Lembrando que é justamente na diversidade de nichos que encontramos públicos tão interessado em novos conteúdos. Você não só vai fazer a diferença dentro do seu segmento, mas vai trazer para seus clientes e participantes que você se preocupa com a experiência que o evento pode proporcionar para cada um ali presente.

Sei que o tema é polêmico e caro, mas se todos nós pensarmos pelo menos na possibilidade dos eventos serem mais acessíveis, tenho certeza que onde há dificuldades, logo haverá soluções. Onde há falta de investimento, logo haverá parcerias voltadas para esse foco e todo mundo ganha!

Então, acessibilidade em eventos, é um assunto que temos que falar sim!

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